segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

VIPLAN FORA DA LICITAÇÃO: CALOTE À VISTA?

Funcionários da Viplan precisam ficar muito atentos porque se a empresa perder sua parte na operação do transporte coletivo do DF nada garante que eles receberão os direitos trabalhistas.
É bastante comum a notícia de empresas que decretam falência e dão calote nos seus empregados. Se a Viplan tratar seus trabalhadores como trata seus clientes (passageiros), é melhor ficar de orelha em pé. 
Caso ocorra mesmo um calote, os funcionários precisam correr atrás do patrimônio do dono da Viplan, que não deve ser nada modesto.

SÓ LICITAR NÃO RESOLVE PROBLEMA


GDF engana a população ao insinuar que nova licitação solucionará o caos no transporte coletivo do DF

Você sabe quais empresas (até agora) foram escolhidas para operar o transporte coletivo do DF? Resposta: Pioneira e São José. Ou seja, velhas conhecidas do sofrido passageiro desta cidade. Não há "contratação de novas empresas" como alardeia o governo. E mesmo que houvesse, isso não significaria que o transporte iria melhorar porque o problema não está no fato de ser esta ou aquela empresa, mas sim na falta de gestão adequada do sistema.

Abaixo, enumerarei algumas falhas do sistema, e mostrarei que não precisaríamos de licitação para saná-las.

1 - Ônibus não cumprem horário de saída nos terminais 

Não falo do horário de chegada, porque este depende do trânsito. Falo da saída nos terminais. Nada impede que os ônibus saiam no horário estipulado pelo DFTrans, nada! Mesmo assim, o descumprimento é geral. Os ônibus saem quando as empresas querem. Os empresários picaretas alegam que o ônibus que sai é o mesmo que acabou de chegar; portanto, a saída depende da chegada. É claro que não pode ser assim. Sendo assim, não vai haver jamais cumprimento rigoroso do horário. As empresas têm de ter ônibus, motoristas e cobradores reservas para os casos de atrasos dos carros que estão em trânsito. Isso tem de ser obrigatório.
Não precisamos, portanto de licitação para fazer os empresários picaretas cumprirem o horário. Basta fiscalização rigorosa do DFTrans. Basta que o GDF tenha coragem para obrigar as empresas a adquirir ônibus reservas.
Sem fiscalização, podem fazer uma licitação atrás da outra: os descumprimentos de horário vão continuar.

2 - É comum o excesso de passageiros porque o número de ônibus é insuficiente

O GDF poderia obrigar as empresas atuais a disponibilizar ônibus em quantidade suficiente para impedir a superlotação que tanto tortura os passageiros. Não precisa de licitação para isso. Basta ter coragem de peitar os empresários picaretas.

3 - Motoristas e cobradores não passam por capacitação permanente

As atuais empresas podem muito bem treinar, educar e capacitar seus funcionários para que eles saibam tratar os passageiros (clientes) com educação e zelo. Não precisamos de licitação para isso.

4 - Ônibus caindo aos pedaços e pneus carecas

O GDF, caso tivesse coragem, obrigaria as empresas a renovar a sua frota e substituir frequentemente o pneus dos ônibus. Não precisamos de licitação para isso.

5 - Empresários não pagam multas

Segundo a imprensa, o DFTrans não recebe as poucas multas que aplica (digo poucas porque se a fiscalização fosse séria, não haveria papel para tanta multa).
O GDF é ineficiente e/ou omisso na cobrança, e isso a licitação sozinha não resolve.

Enfim, concluo, com tristeza, que a tal licitação não passa de um embuste. Como o GDF não tem coragem de implantar uma gestão séria do sistema, a licitação por si só não resolverá os graves problemas apresentados acima.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

NOVAS PARADAS PARECEM PIADA DE MAU GOSTO

SE VOCÊ QUISER PERDER O ÔNIBUS, VÁ 
ESPERÁ-LO SENTADO NAS NOVAS PARADAS QUE O GDF ESTÁ INSTALANDO NAS CIDADES

O cara que projetou a nova parada de ônibus do DF é um gênio. Um gênio do mal. Ela foi construída de um jeito que quem está sentando no seu "confortável" banquinho de concreto só consegue enxergar o ônibus quando ele está a menos de 20 metros de distância. Aí, é tarde. Já foi. Já passou. Isso ocorre porque a coluna que fica do lado esquerdo de quem está sentado funciona como uma parede que impede a visualização da pista. O mais irônico ou cruel é que com a coluna da direita não ocorre o mesmo. Ou seja, quando o ônibus passar, você vai poder olhar para ele e dizer: era esse mesmo que eu ia pegar! 

Quando eu achei que nenhum governo seria capaz de projetar uma parada de ônibus pior do que aquela de metal do Roriz, eis que o Agnelo me surpreendeu. A do Roriz é uma vergonha. Os bancos são tão estreitos que só se senta quem é magro. E, além do mais, o abrigo não protege nem do sol e nem da chuva. É a parada xique-xique - não dá sombra nem encosto. Só serve mesmo para quem vendeu aquilo pro GDF ganhar dinheiro explorando a publicidade de seus painéis. Mas nela o passageiro consegue enxergar o ônibus vindo. Já a do Agnelo, não oferece nem conforto e nem visão. 

Não estranhem se o governo gastar uma pilha de dinheiro com propaganda para mostrar as novas e "maravilhosas" paradas do DF. 

Vejam as fotos.